maio 28, 2015

Agora...Não Preciso Mais Esperar!


Ás vezes, pequenos e grandes terremotos ocorrem do lado esquerdo do peito. Tsunamis e furacões também. É que, dependendo da dor que você traz dentro, dá mesmo vontade de aproveitar a ocasião para sentar no frio da calçada e chorar como se tivesse sofrido uma fratura exposta.
Agora não preciso mais esperar...o telefone não vai mais tocar. Nenhuma mensagem vai chegar. Ninguém vai mais bater na minha porta, tão pouco ouvir o barulho da sua chave abrindo o portão. Tic-tac, tic-tac...esse é o tempo dos dias. O tempo do ano todo. Tempo de dias úteis. Tempo de dias comerciais. E o meu tempo acabou. Mas eu me acostumo. Eu sou muito compreensiva. Bem, pelo menos eu costumava ser. Tanto faz...
Sempre achei que meu sorriso de dentro refletido no rosto das pessoas que eu amo era o amor que eu buscava. Ainda continuo acreditando nisso. E mesmo que eu esteja destruida por algum motivo, ninguém vai saber. Não vai ter detalhes para serem contados aqui, pelo menos hoje, nem abraços de consolo.
Escrever é o que sempre me resta. Eu posso liberar qualquer coisa nesse meu espaço. Sabe, hoje é um daqueles dias que você pensa porque levantou da cama. O dia começa mais ou menos e você vai dormir... Triste pra caramba. E ás vezes nem sabe materializar isso.
Mas prefiro acreditar que depois que eu acordar amanhã, vou me sentir melhor. Bem melhor.
Na verdade, escrevo para tentar tirar esse aperto do meu coração. Esquecer as palavras que me foram ditas. Mas sei que não vou conseguir assim tão fácil.
Algumas coisas são inesquecíveis e alguns momentos da nossa vida também. Somos todos colecionadores de bons e maus momentos.
Já passei da fase de ser a adolescente cheia de espinhas. Agora eu sou a mulher que tem que mascarar a dor dos tombos levados, acordar cedo, trabalhar, estudar, cuidar da casa, pagar contas e ir ao supermercado. Colocar o lixo para fora também.
Ás vezes me perco nas vozes das outras pessoas. Mas também, tenho vezes de querer que o mundo inteiro cale a boca. Meus desejos estranhos e meu relógio quebrado no tempo. O tempo se passou, e quem eu sonhava me deixou acreditar que era tudo isso que eu queria, me fez acreditar que usaríamos um par de alianças daqui a quinze dias e que dessa vez tinha vindo pra ficar. As coisas nem sempre são do jeito que queremos. Claro que no meu caso nunca são. Você me conhece. E parece que me esforço pra isso, mas nem é... É apenas o intervalo dentre todas as coisas que já me aconteceram e todas as que estão acontecendo.
Deixo o tempo parar, deixo o coração falar mais alto, deixo a vida me levar às vezes. A verdade essencial é o desconhecido que me habita e a cada amanhecer me dá um soco.
Mas se eu te explicasse tudo, faria algum sentido? Eu não gosto de estragar o momento de ninguém. Mas quando meu momento vai chegar?

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