Sempre ouvi dizer que deixar livre o “Amor”
é a forma correta de amar alguém, e esperar que volte, simplesmente
cuidando do jardim, como diz o poeta, é o que deve ser feito. Mas hoje, depois
de tudo que eu passei, depois de tudo que vivi, já não sei se deixar livre é o
melhor caminho... pois a gente acaba se machucando tanto que acaba criando uma
barreira entre a razão e o coração, que nos impede de nos entregar de verdade a
alguém. Quando amei, amei com tudo que pude. Perdoei o que, antes, era
imperdoável, chorei noites inteiras só de imaginar outro alguém tocando o corpo
que antes era “meu”. Me afastei, pra não ter que ver, encarar a dor de cara
limpa. E foi então que me deparei comigo, fugindo...fugindo de mim. Ao invés de
lutar por esse “amor” escolhi deixar o tempo se encarregar de muitas
coisas. De levar embora, ou trazer de volta. Hoje vejo que ainda sou assim, que
ainda escolho me ausentar e deixar que, se for pra ser meu, a vida traz de
volta. MAS SERÁ MESMO? Não seria covardia da minha parte? Acabo abrindo mão
daquilo que mais quero por medo de voltar a sofrer. Sem ao menos tentar, sem ao
menos dizer o quanto me importo, o quanto me dói. Porque por mais que eu
queira... ainda assim, eu prefiro me programar pra sofrer do que dar a chance
pra que alguém me pegue de surpresa e me faça sofrer ainda mais do que a última
vez. Isso é loucura! Escrevendo tudo isso vejo o tamanho do absurdo que sigo
cegamente pensando estar certa. Como posso amar dessa forma? Como posso me
relacionar com alguém se insisto em manter meus pés atrás? Como posso acreditar
tanto no amor, e limitá-lo desse jeito? Preciso novamente rever meus conceitos
e começar a lutar de verdade por aquilo que acredito me fazer realmente bem.
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