outubro 10, 2013

Leilão de Sentimentos


Hoje o dia foi bem proveitoso para todos os alunos da escola. Muitas brincadeiras, lanche coletivo, cineminha, danças, gargalhadas (adoro) enfim uma variedade de coisas legais. Mas houve um momento que fiquei ali pensando como podemos aprender com as crianças. Eu admiro a forma delas aproveitarem os momentos que a vida oferece. Elas sim sabem viver. “Se é pra ser feliz...que seja agora!” isso é definição de ser criança. Diferente de nós adultos que sempre estamos sobrecarregados demais para perceber a verdadeira essência da vida. Deveríamos carregar menos bagagem sabe. E por alguns minutos acabei fazendo  uma retrospectiva dos meus sentimentos, e,  percebi o quanto eles estão ultrapassados. Aqui dentro de mim tem de tudo um pouco. Se eu fosse montar um “leilão” de sentimentos muitos destes sairiam velhos e cansados. Alguém se habilita em dar o primeiro lance? Aceito ofertas, aceito negociações. Só há uma exigência pra quem comprar, terá que ser uma pessoa determinada a cuidar dos sentimentos cansados e mantê-los vivos.
O sentimento mais cansado que eu tenho é a paciência. Velha de guerra. Minha companheira de anos. Muitos anos. Esta precisa de uma reciclagem boa. Não agüenta mais ver as loucuras da vida e contar até 10. Até 100 talvez.
Outro sentimento que merece atenção é a insegurança. Essa me acompanha desde a infância. Acho que já vem quando nós mulheres nascemos. Já sabem que é mulher então vai lá: “-Leva a insegurança de brinde”. Acredito que a cada 100 mulheres no mundo, 99 são inseguras. Preciso de segurança e seguir em frente.
O sentimento que mais me incomoda é a crença. Creio em tudo que me dizem, tudo que vejo ou em tudo que me fazem sentir. E já sofri muito por causa desse sentimento traiçoeiro. Acreditar em tudo que se vê ou te falam te dá muita dor de cabeça e decepção. Seja na amizade ou no amor.
Agora tem um sentimento que me acompanha desde sempre (este não vendo, não troco, não faço liquidação). Desde sempre me surpreendo com o que ele pode me oferecer. “O AMOR!” Velhinho, velhinho de guerra, o amor está em mim desde quando me entendo por gente. O amor que existe em mim só aumenta quando o transmito de verdade. O amor que há em mim deu-me uma filha. Deu-me a admiração de um neto. Deu-me amigos. Deu-me uma família. Deu-me a vontade de viver quando, às vezes, tudo parece estar perdido.

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